observatório de investigação e prática em arte 

︎ info.paralaxe@gmail.com ︎ carolina grilo santos ︎ diana geiroto ︎ luísa abreu 








O termo paralaxe tem origem no grego parállaxis que significa mudança. De uso frequente no contexto científico, refere-se à diferença aparente na localização de um objeto a partir de pontos distintos de observação. Uma palavra que denuncia a falha no rigor da perceção autocentrada e estanque e que, por isso, se estabelece enquanto sistema métrico pela triangulação, cruzamento e análise da mesma coisa a partir de diferentes pontos de vista.
É desse modo que Paralaxe pretende estabelecer-se enquanto observatório de investigação em arte pela prática artística, cruzando metodologias e disciplinas. Desde 2019, Paralaxe tem criado projetos que ocupam territórios aparentemente alheios à criação artística para lhe trazer outros pontos de leitura e potenciar novos discursos.




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Primeiro Fascículo

2021 - 2022

Projeto de criação editorial independente, de artistas em diálogo com artistas, que pretende mapear, sinalizar, editar e difundir a produção artística emergente e independente no contexto das artes plásticas, na região do Porto. O intuito de mergulhar na prática e processo individual de atelier, parte de uma vontade de reconhecer o território artístico e as práticas singulares, permitindo a sua difusão dentro do meio cultural.

As edições envolvem as artistas que formam o coletivo Paralaxe, num processo colaborativo permanente de criação gráfica e reflexão, partindo de encontros com os artistas que integram cada um dos fascículos. Este cruzamento entre práticas artísticas, torna possível “criar sobre” outros processos criativos, registando e documentando formas de investigação, e revelando outras perspectivas sobre a importância dos artistas na difusão cultural independente.

Artistas: Alexandra Rafael, Beatriz Bizarro, Diogo Matos, Fernando Sebastião, Francisco Venâncio, Hugo Flores, João Pedro Trindade, Jorge Lourenço, José Oliveira, Leonor Parda, Mariana Malhão, Mariana Vilanova, Nelson Duarte, Orlando Vieira Francisco, Rita de Almeida Leite, Rita Senra, Sara Rafael, Soraia Gomes Teixeira, Svenja Tiger, Vítor Israel
Design: Paulo Mariz
Fotografia: Carlos Campos


Observatório Astronómico

2021 - 2022

Com uma estrutura mais complexa, em 2022 o Paralaxe sediou-se no Observatório Astronómico Prof. Manuel de Barros (Vila Nova de Gaia, Portugal).
Num dos pontos mais altos da cidade, o Observatório Astronómico determinava o tempo exato para acerto dos relógios da região. Hoje, este instituto serve de sede para investigações remotas ou experiências de campo, estanto os instrumentos e edifícios outrora essenciais ao serviço do ensino e museologia. Se o Círculo Meridiano de Espelhos continua a ser um ex-líbris pela sua cúpula e estrutura, o Telescópio 30’ brilha com sua arquitetura de ainda único telescópio óptico em Portugal e a Torre destaca-se na sua dinâmica central no campo que se estende, a verdade é que todos eles ali permanecem obsoletos olhando os satélites.

Artistas em residência: Beatriz Brum (OASA), Beatriz Sarmento, Bruno Silva, Carlos Mensil, Carolina Grilo Santos, Coletivo Dose, Diana Geiroto, Didático Obscuro, Ece Canli (Lovers&Lollypops), h0b0, Irina Pereira, Joana Ribeiro, Juliana Campos, Luís Cepa, Rúben Fernandes.
Colaborações-satélite: Coletivo SEM-FIM, Cinthia Mendonça, João Pedro Trindade, José Taborda, yy.gemini.yy
Investigação: David Lopes, Samuel Silva, Coletivo Dose
Exposições: Sobre o céu não sabemos nada e O Fenómeno
Publicação: Jornal Arquivo
Design: Luís Cepa



Instituto Geofísico

2020 - 2021

Entre 2020 e 2021, o projeto Paralaxe sediou-se no Instituto Geofísico da Universidade do Porto (IGUP, Vila Nova de Gaia, Portugal).
Localizado na margem do rio Douro para um maior isolamento das interferências e vibrações da cidade, o IGUP funciona como pólo de recolha de dados meteorológicos, sismológicos, magnéticos, radiométricos e fenológicos. O edifício central tem áreas de arquivo onde se guardam antigos sismogramas e cadernos de registo meteorológico, além de um terraço no topo que dá acesso aos anemómetros (para medição do vento). No espaço exterior encontra-se um jardim fenológico, para observação de variações climáticas, uma estação meteorológica, onde estão sensores do IPMA, e os pilares de suporte dos instrumentos analógicos de medição. Um bunker sísmico, construído sobre um maciço granítico, mantém os antigos instrumentos para visitas, sendo os seus sensores de leitura ainda hoje usados no mapeamento digital.

Artistas em residência: Carolina Grilo Santos, Diana Carvalho, Diana Geiroto, Dinis Santos, Luísa Abreu, Hernâni Reis Baptista.
Colaborações-satélite: ACCA, Catarina Braga, Catarina Real, Francisco Babo, Francisco Venâncio, Gonçalo Araújo, h0b0, Inês Teles, João Burgal, Luís Kasprzykowski, Maria Miguel von Hafe, Marta Santone Susana Wessling e Rita Isaac, Rita Senra, Teresa Arega
Exposições: Whether the Wether e Exposição Satélite
Publicação:PARALAXE: Observações em torno do tempo, da terra e do ar.
Design: ACCA